Já parou para pensar por que alguns colegas sênior resolvem bugs em minutos, enquanto você fica horas (ou dias) preso no mesmo problema? A experiência conta, mas há estratégias simples que fazem toda a diferença. No presente artigo, vou compartilhar essas abordagens práticas para você elevar seu jogo. Não precisa ser expert em testes unitários para aplicar isso, vamos focar no essencial.
Por que resolver bugs é um desafio comum?
Muitas empresas priorizam velocidade sobre qualidade, resultando em testes superficiais ou inexistentes. Isso forma devs que não dominam testes, mesmo pedindo testes unitários nas vagas. Testes unitários são cruciais para sênior, mas se você ainda não os usa, há maneiras de ser eficiente sem eles.
O problema? Devs correm para alterar código no palpite, sem simular ou entender o erro, o que leva a correções superficiais e novos bugs. Vamos mudar isso com três dicas acionáveis.
- Dica 1: Simule o erro antes de mexer no código
- Dica 2: Divida o erro em partes menores
- Dica 3: Aprenda a mexer no software que você trabalha
Parece óbvio, mas a maioria ignora: antes de alterar qualquer linha, reproduza o bug exatamente como o usuário relatou. Isso direciona você à causa raiz, não ao sintoma.
Por que isso funciona?
Logs ou debugs mostram sintomas (ex.: "null reference"), mas o problema pode estar upstream, como uma consulta retornando dados errados.
Simulando, você cria um "gabarito" para validar a correção: repita os passos e veja se o erro some. Se persistir, você alterou o lugar errado.
Como aplicar no dia a dia?
Colete evidências concretas: Peça screenshots de tela, logs ou dados do usuário. Sem acesso a produção? Insista, é essencial.
Rastreie o caminho inverso: Comece pelo erro (ex.: busque a mensagem no código via Ctrl+Shift+F) e volte até a origem.
Simule como usuário: Imitar ações com os dados problemáticos revela o fluxo real, evitando desculpas como "não tenho permissão".
Bugs grandes assustam (ex.: impacto em 350 mil registros), mas lembre: a maioria é pequena na correção, mesmo que demore para diagnosticar. Divida para conquistar.
O Erro comum dos iniciantes
Olhar o "tudão" (ex.: rotina que faz 350 coisas) causa paralisia e alterações aleatórias, corrigindo sintomas e criando novos problemas. Respire e fatiar: problemas pequenos são fáceis de resolver.
Estratégias práticas
Mapeie fluxos principais: Liste fluxos do sistema (em wiki ou Excel, não na cabeça). Elimine os irrelevantes para focar.
Encontre o ponto exato: Use evidências da simulação para isolar (ex.: um if errado em lógica de data pode levar horas para achar, mas 5 minutos para fixar).
Crie lista de tarefas: Anote candidatos a correção (ex.: "analisar ponto X"). Divida análises grandes, não confie na memória.
Exemplo real: Um bug de validação de data (período >1 ano) veio de contagem errada no componente (meses zerando dias). Demorou para achar, mas corrigiu rápido com teste unitário. s s Bugs tendem a ser "pequenos", foque nisso para calma e velocidade.
Conhecer o software além do código (regras de negócio, fluxos de uso) é subestimado, mas valorizado pelas empresas, mais que tecnologia em alguns casos.
Benefícios para resolver bugs
Levante hipóteses: Saiba perfis de uso para prever problemas (ex.: loop em pedidos grandes causando performance).
Ganhe autonomia: Decida se uma alteração faz sentido sem pedir aprovação constante, acelerando correções.
Valor no mercado: Devs "dinossauros" ficam sênior por conhecer legados; some isso a tecnologia e você brilha.
Como desenvolver esse conhecimento
Ponto de Vista do Usuário: Pergunte "por quê?" e "para quê?" em demandas, revela regras e negócio. Observe uso real (não só seus testes repetitivos).
Ponto de vista do Dev: Altere com atenção, note fluxos críticos (ex.: áreas com bugs recorrentes). Questione motivadores do código ("por que essa regra?").
Aproveite análises tranquilas: Em requisitos ou features novas, estude código e regras sem pressão de produção.
Isso enriquece seu currículo com conhecimento de negócio prático.
Considerações finais
Essas dicas, simular erros, dividir problemas e conhecer o software, são ajustes simples no seu processo, inspirados em análise de requisitos. Elas te levam à maestria sênior, mesmo sem testes avançados.
Dica Extra: Testes unitários aceleram tudo, crie um para validar correções e evite regressões. Comece devagar; os benefícios vêm com a prática.
Aplique isso no próximo bug e veja a diferença.
Feito!
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