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sexta-feira, 28 de novembro de 2025

O Papel Profissional do Analista de Negócios

No desenvolvimento ágil de software, a clareza na comunicação e a qualidade da documentação têm impacto direto no sucesso do produto. Entre os principais responsáveis por garantir esse alinhamento está o Analista de Negócios (Business Analyst).

No entanto, ainda é comum encontrar equipes em que o Analista de Negócios participa apenas de reuniões de refinamento, sem assumir integralmente uma de suas atividades mais importantes: a elaboração completa das estórias de usuário.

No presente artigo, discutimos por que essa tarefa é parte fundamental do papel do Analista de Negócios, melhores práticas e como isso colabora com a eficiência da equipe e com o Product Owner (PO).

É responsabilidade do Analista de Negócios escrever estórias de usuário

A escrita de estórias deve seguir um documento com versionamento e rastreabilidade, permitindo controle das alterações ao longo do tempo. Elementos como:

  • Autor da criação
  • Revisor(es)
  • Datas de criação, revisão e ajustes
  • Histórico de modificações e responsáveis por cada edição

Exemplo simples de versionamento dentro do documento:


Criado por: Nome Sobrenome – dd/mm/aaaa
Revisado por: Nome Sobrenome – dd/mm/aaaa
Ajustado por: Nome Sobrenome – dd/mm/aaaa

Ferramentas como Redmine, Jira, Azure DevOps, Trello, Confluence ou qualquer outra usada pela empresa devem conter esse histórico para garantir auditabilidade e transparência.

O PO valida, não escreve

O Product Owner possui uma agenda repleta de responsabilidades estratégicas, como:

  • Definir e priorizar o backlog
  • Analisar métricas do produto
  • Engajar stakeholders
  • Garantir alinhamento com a visão de negócio

Portanto, não é usual nem eficiente que o PO seja o responsável por redigir as estórias. Sua atuação é validar, complementar e aprovar as entregas do Analista de Negócios.

O Analista de Negócios coleta e estrutura as informações.

O PO garante que o conteúdo está alinhado ao produto.

Cada um no seu papel.

Participar do refinamento não é suficiente

Em muitas equipes, o Analista de Negócios participa de reuniões de refinamento duas vezes por semana e depois simplesmente, fica na moita. Esperando tudo cair pronto ou dependendo do PO para gerar conteúdo.

Isso é um desperdício de capacidade técnica e profissional.

O Analista de Negócios deve:

  • Elaborar as estórias da Sprint
  • Adicionar critérios de aceite
  • Mapear regras de negócio
  • Acompanhar dúvidas do time
  • Buscar esclarecimento com stakeholders
  • Manter documentação sempre atualizada

Ser apenas ouvinte em reunião não entrega valor.

Boas práticas do Analista de Negócios na escrita de estórias

Prática Benefício
Documentar versionamento (criado/revisado/ajustado) Controle total das alterações, auditabilidade e rastreabilidade de decisões.
Usar critérios de aceite claros (ex.: Gherkin) Evita ambiguidades e retrabalho; facilita testes e validação pelo QA e PO.
Dividir funcionalidades em estórias pequenas e independentes Entrega mais rápida, menor risco e ciclos de feedback mais curtos.
Conversar com usuários e stakeholders (coleta direta) Informações reais e contexto de negócio, reduz hipóteses e suposições.
Validação contínua com o PO (comentários e aprovação) Garante alinhamento com a visão do produto e priorização correta do backlog.

O Analista de Negócios precisa ser protagonista no processo, não um observador passivo.

Considerações finais

Quando o Analista de Negócios cumpre seu papel com excelência:

  • O PO ganha tempo para atuar estrategicamente
  • O time não trabalha com falta de informação
  • A Sprint flui com mais eficiência
  • A qualidade do software aumenta
  • O cliente percebe mais valor entregue

Em resumo:

Escrever estórias de usuário é responsabilidade do Analista de Negócios.

Validar e priorizar é responsabilidade do PO.

Profissionalismo se traduz em atitude.

O Analista de Negócios que entra em ação é quem realmente contribui para o sucesso do produto.

Feito!

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